quinta-feira, abril 14, 2005

HAICAIS, DICCAS< HISTÒRIAS DE MÈDICOS E MAIS ...

Haicai de mestre
ao ser perseguido
o vagalume
se esconde na lua
Ryôta


Dica de sucesso da semana:

“Confie, como se tudo dependesse de Deus, e aja, como se tudo dependesse de você”. –
Ignácio de Loyola, jesuíta.


Dicas de sites, de literatura, é claro:

dê um clique, passeis por eles e divirta-se!!




Histórias de médicos

UM MILAGRE - conto de
Sonia Rodrigues

Até a idade de trinta anos o Dr. Hélio não acreditava em milagres.
Ele clinicava em Terra Roxa, cidadezinha situada em um lindo vale distante vinte e cinco quilômetros de Bebedouro, centro regional, à qual se ligava por estradas de terra íngremes e sinuosas, intransitáveis durante as chuvas, quando testemunhou um fato extraordinário.
Uma mulher trouxe para consulta seu filho de três anos. O Dr. Hélio notou uma cicatriz extensa no lado esquerdo do abdome do garoto, uma cicatriz pálida e retilínea, como a de uma cirurgia antiga, e perguntou o motivo daquela marca. Ouviu então uma estranha estória, no português cheio de erros dos caipiras:
“Doutor, eu nem sei o que lhe diga, nem eu mesma entendo o acontecido. O ano passado teve uma vez que caiu uma chuvarada que durou três dias. Nós mora a três quilômetros daqui, nós num tem carro, não, quando precisa tem a caminhonete do patrão, mas num dava jeito nem de a gente sair à procura do patrão tanta era a água que chovia, tudo era uma lama só, de noite, um breu que só vendo e o menino dana a se queimar de febre. Um febrão que dava inté medo. Como eu chorei aquela madrugada e me apeguei com minha Santa Rita a rezar por meu menino. De manhã cedinho o moleque aquietou-se e dormiu. A gente esperou um pouco até a água abaixar e fomo pra casa do patrão, que trouxe nós até o hospital. Daí quando eu vou abrir a camisa do moleque pro outro doutor examinar, dou um grito de susto, tava esta marca aí, só que vermelha e grossa, assim como uma carne inflamada e o médico perguntou:
- Que cirurgia foi essa?
- Mas num foi cirurgia nenhuma, não. Até ontem de noite num tinha nada aí, meu filho é sadio, nunca operou de nada, não.
- Como não tinha nada? Isso aqui é marca de cirurgia recente.
Eu fiquei toda arrepiada. O menino tava espertinho, sem febre, querendo comer, o doutor não achou nada e nós fomo embora, ainda levando bronca por não saber explicar que marca era aquela e ocupar o tempo do médico à toa.
Ora, vai que uma prima minha sabe da estória e diz que ouviu falar de um centro espírita e eu não queria ir não, que eu sou católica e não gosto dessas coisas de terreiro, não, mas tava encafifada e fui. Chegamo lá um senhor muito distinto olhou o meu menino, me olhou, eu nem falei nada, não, eu tava quieta, com medo, e o menino assim no meu colo, vestido e tudo. Pois o tal senhor distinto me diz:
- Você foi abençoada, filha. Essa marca em seu menino é de uma cirurgia espiritual. O menino teve uma inflamação no intestino, ia morrer, era de noite, chovia forte, você não tinha como chegar na cidade, então os espíritos operaram ele para salvar a vida dele. Agradeça a Deus, minha filha.
Eu tremia tanto que nem falar podia. Como é que aquele homem podia saber daquilo se eu nem falei nem mostrei nada?
Com o tempo a marca foi afinando, abaixando, agora está assim, este risquinho branco tão reto que inté parece feito com régua.
Eu nunca mais que voltei no centro.
Rezo toda noite a Deus agradecendo a vida de meu menino, mas não sei de explicação pra isso não. A minha Santa Rita dos Impossíveis é quem deve saber.”


DIAS DE OUTONO
parte 4
@ da autora
neste diário interior, onde as datas não importam, a vida que está oculta sob a pele, não vivida, mas pensada...
corre o ano de 1995


Jung costumava perguntar: qual mito está-me vivendo?
Então escrevi : MINHA LENDA

Mudei meu nome, cansei de ser guerreira.
Não mais Walquíria, e sim Sophia,
Dediquei-me aos livros e devorei bibliotecas.
De Tales a Saramago
Escarafunchei os séculos e as civilizações,
Sem aplacar minha sede,
Eu diria entes, minha fome,
De contato,
De afago,
De agrado.
Estou aqui, de peito aberto, desarmada,
E qual diamante, firo a quem me toca.
Objeto de desejo, não de amor.
O oráculo de Delfos, se existisse ainda,
Concordaria com a astrologia,
E com a numerologia
Que me decretam
Individualista,
Pioneira,
Solitária.
E eu buscando carinho...
Desejo a morte com a sofreguidão dos condenados à imortalidade.
Mudar o nome não basta.
Neste mundo que incendiou a Atenas de Péricles
E condenou Sócrates a beber cicuta,
Quem sou eu para implorar aceitação?
Quero ter o fim dos gregos valentes e virtuosos
Que os deuses arrebatam deste planeta hostil:
Mãe Deméter, inicia-me nos mistérios de Elêusis
E coloca-me nos céus, transformada em estrela!



A chuva que ameaçava cair iminente fez-me entrar no prédio onde mora minha mãe, a meio caminho de minha própria casa. Toquei a campainha:
- Estou sem guarda-chuva...
- Entre, eu estou almoçando. Com todos esses raios e trovões o tempo não melhora tão cedo. Quer almoçar comigo?
Sirvo-me de arroz , batata e bife. E aí minha mãe disse:
- Amanhã você me devolve o bife.
E eu me engasgo, é lógico.
E me lembro porquê decidiu morar sozinha. A gota d’água foi a conta do telefone. Eu pagava a minha parte nas despesas, conforme as regras da casa. Um belo dia mamãe me sai com outra das suas:
- Desconte o troco do mês passado.
- Que troco? Minha parte era R$7,22 e eu lembro perfeitamente que lhe entreguei exatos R$7,22.
- Nada disso. A conta exata era sete reais, vinte e dois centavos e meio!!!


Bem no horário de pico, no ponto em frente ao mercado, onde entra e sai uma multidão de passageiros, foi que eles entraram no circular, tagarelando animados.
- Lá vem a turminha levada – anunciou o motorista.
Uma meia dúzia de meninos e meninas, o mais velho não teria mais de sete anos, pálidos, magros, exibindo sinais evidentes de desnutrição em sua compleição óssea, cabelos ralos e quebradiços e olhos grandes brilhando curiosos.
Com a cumplicidade do cobrador, passaram por baixo da catraca, ajudando-se mutuamente, passando de mão em mão os livros escolares, esgueirando-se por baixo da estreita catraca, equilibrando-se no veículo em movimento como podiam, sem alcançar os altos canos de apoio. Não que fossem gastar o dinheiro da condução em balas, não; é que, não tendo como pagar, não fosse a vista grossa do cobrador, teriam de percorrer sob o sol a pino o longo caminho para casa.
Preparei-me para um tumulto.
O grupinho instalou-se no fundão, tão quietos e educados que nem parecia haver crianças no ônibus.
O circular seguiu pelos bairros periféricos de São Vicente, atravessou a ponte sobre o mar, passou sobre o manguezal, adentrou o continente, rodou um trecho movimentado de estrada até chegar a Humaitá.
Ali a turminha desceu, um auxiliando o outro para pular o alto degrau do ônibus, acomodando às costas as mochilas, acenando alegremente para os conhecidos.
E puseram-se a brincar e a cantar, com evidente prazer.
E eu perguntei-me como seria possível risos e felicidade naquela sujeira, naquela miséria, naquela longura?
Indiferente a especulações sociológicas, a cantoria espontânea espalhava-se por entre as ruas de terra, por entre as casas sem reboco com telhas de zinco.
Eu observava a cena como quem presencia um milagre. O ônibus afastou-se e as crinaças penetraram no coração da favela, a saborear a vida. Celebrando...


Está escuro. Estou com um recém-nascido sobre uma cama em um cômodo muito pobre. Vou fechar a porta e descubro que as portas e janelas não tem trinco e as grades estão quebradas. E não há luz.
É perigoso ficar ali e lá fora está escuro e ermo.
interpreto o sonho: É ruim ficar. É incerto partir. Estou sem segurança e só com meus novos projetos.(o bebê). Como consegui ficar em uma situação tão ruim?





Acordo tarde, perdi a hora. Enquanto procuro, em um aposento pequeno misto de quarto com cozinha, pelo telefone de meu chefe para comunicar meu atraso, minhas filhas perguntam quando mudamos. Lembro-me de que na quarta-feira estaremos viajando de Comedouro para Santos, de mudança, mas eu esqueci de pedir a minha transferência de emprego e de solicitar a transferência da escola das meninas, então, teremos de adiar a viagem.
Nossa! A vida voltou a ser uma bagunça! E eu nem me dei conta!



Esta aconteceu hoje com uma amiga minha, na barca do Itapema, aquela imensa favela do Guarujá– quem vai para lá se demite rapidinho, por isso o governo vai fazer um concurso específico para o tal buraco quente. Os políticos mudaram o nome do favelão para Vicente de Carvalho, por causa da má fama do lugar, mas mudar o nome não muda a realidade da coisa, e nós (o grupo dos sete azarados, é como nos referimos a nós mesmos) fomos temporariamente premiadas com uma nomeação para lá, por necessidade de serviço que esperamos seja breve. Vou contar a estória toda:
Chovia que era uma beleza. Um Turner se quedaria deliciado ante os matizes caleidoscópicos do mar em fúria.
Um dia em que um assalariado de juízo restaria em casa a prevenir-se da gripe. Mas não Luizinha, funcionária responsável, ciente de suas obrigações.
Luizinha embarcava pontualmente na barca das 6:30 e atravessava o Atlântico rumo à favela onde trabalhava.
Ela só faltara uma vez, quando ventos acima dos 60 km/h impediram a navegação das balsas.
Ela enfrentava estóicamente, a depender do tempo, dez quadras de pó ou lama para garantir o emprego federal arduamente conquistado após meses de estudo e insônia.
A seu lado aglomeravam-se os miseráveis habitantes do cortiço, maltrapilhos, fétidos, piolhentos, encarando com rancor seu corpo bem nutrido e bem cuidado. Por mais que se vestisse com simplicidade, ela sobressaía na multidão, deslocada de seu meio, de suas raízes.
Largando por um momento o guarda-chuva a seu lado, Luíza buscou na bolsa um lenço e assoou o nariz.
A travessia terminava. A moça tateou pelo banco em vão até encontrar o olhar duro da corpulenta mulher ao lado, que a fixava agressiva, segurando nas mãos o precioso guarda-chuva.
A cena armada para o escândalo.
Luizinha pensou em protestar, mas quem disse que a voz lhe obedeceu?
E o olho mau da ladra insolente, provocador, zombeteiro...
A raiva aflorou no rosto da moça sob a forma de lágrimas. Todos os seus músculos contraíram-se em um patético esboço de reação.
Muda de espanto, Luizinha observou a outra afastando-se imponente, imensa, ameaçadora, a encarnação dos protestos da Miséria contra a Abastança.
E Luíza lá, imóvel.
Uma mulher desprotegida exposta à tempestade.


Notas de rascunho para uma palestra sobre leitura:
Pais e educadores têm a oportunidade de influenciar profundamente, ou não, a personalidade de suas crianças. Podemos escolher se queremos crianças quietas, assustadas e infelizes, prisioneiras dos nãos e de muitas regras; ou poderemos nos armar de um caminhão de paciência e orientar crianças alegres, espontâneas e ativas.
A escolha do que fazer com o precioso tempo de nossas crianças é nossa
A leitura é um bom hábito a ser cultivado pela vida afora. O conhecimento é a melhor herança que podemos deixar a nossos filhos. É a única herança que ninguém lhes poderá tirar.


Minha opinião sobre a lei mosaica ‘Honrarás pai e mãe.’
Se o profeta desconhecesse menos a humanidade, teria acrescentado um décimo primeiro mandamento: ‘Só conceberás crianças desejadas’.
Que mundo seria o nosso, se cada criança recebesse carinho e atenção. Se cada pai ou mãe escolhesse como prioridade a felicidade de seu filho!



Sonhei que entro em uma balsa enorme, com lugar para dezenas de carros e dois andares para centenas de pessoas. Embarco para uma viagem em um lindo rio com corredeiras e com locais maravilhosos, paramos diversas vezes para nos banhar nas piscinas verdes com águas quentes e ouvir o maravilhoso murmúrio das cascatas. Nos trechos acidentados o barco corre por trilhos, como um trem. As margens são sempre verdes, de mata fechada. Fico sabendo que aquela barca-trem foi construída para evitar que o maravilhoso rio fosse destruído por uma rodovia ou por uma barragem. Estou admirando cascatas, parada em uma das piscinas verdes e quentes, a ouvir o extasiante murmúrio das ondas, quando, às sete da manhã, em pleno feriado, minha mãe me telefona para dizer algo que poderia muitíssimo bem dizer às dez.
Interpretação do sonho: a vida – rio – tornou-se segura com o barco-trem, assim a ameaça das corredeiras tornou-se fascinante e bela; o verde é a saúde, a esperança; o murmúrio das águas é a harmonia com o cosmos e o calor é o amor.




Estamos em uma época violenta, e trabalho em uma região violenta. Mas esta tal estória do governo querer desarmar a população, sei não. Não uso armas, mas não concordo com isso. Quem tem de ser desarmado são os bandidos, pô! Atravevo-me a fazer umas
PROFECIAS

Kali, a deusa negra, dominou durante a Era das Trevas.
O Grande Ditador esgotou os recursos conhecidos no combate ao mal – epidemias, ignorância e crime desorganizado.
Impediu-se a reprodução dos dobermans. Castraram-se os pitbulls. Proibiram o porte e o comércio legal de revólveres e similares. Os contrabandistas exultaram e os criminosos decretaram o monopólio das armas de fogo.
A seguir, facas e tesouras (e qualquer tipo de objeto perfurante ou cortante) foram retirados de circulação. As academias de artes marciais proliferaram e os perigosos assassinos multiplicaram-se em proporção malthusiana.
‘As mãos matam! Que sejam cortadas todas as mãos do reino!’, exigiu o Grande Ditador.
‘Alto lá! Excelência...’, e, invocando seus conhecimentos médicos, o Ministro da Saúde explicou que a agressividade humana localiza-se no cérebro, mais precisamente em uma determinada região do hipotálamo...
Mirando entre os olhos do ministro, o Grande Ditador atirou, e, verificando a exatidão da informação, ordenou:
‘Destruam todos os cérebros da Terra!’
Ao fim da tarde, o Ministro do Planejamento apareceu para comunicar que a ordem fôra cumprida. A onda de violência fôra detida, pois todos os cérebros do planeta...
‘Bang!’ – um tiro certeiro do governante interrompeu-lhe o discurso.
Faltava um...
O último Homo violentus sente frio. Em sua vaidade, compreende que ninguém rezará por sua alma após a morte.
O sol mergulha no oceano.
Indra pisca e recria os deuses e o universo.
Prometeu modela no barro molhado por suas lágrimas a sexta raça humana.
Às portas do Éden, Lúcifer conspira com Gabriel. A serpente foi colocada à porta do inferno e os frutos da árvore da vida distribuídos a todos os habitantes do globo.
Betinho ajuda o chefe Seatle a colocar um cartaz à entrada do paraíso:
“A Terra é sagrada. Somos os guardiões da herança de nossos filhos.”
A nave Interprise traz um recado da Federação: a cláusula da não intervenção nas sociedades primitivas foi reformulada e eles estão de olho em nós!
Como? O que aconteceu?
Desafiado por Jeová, a quem acusou de milenar falta de imaginação, Dias Gomes aparece para escrever o enredo de “Era de Aquário”.





Trapalhadas genéticas com as quais tenho me deparado em meu trabalho:
Na mesa ginecológica está deitado um homem.
Desconcertado, o médico observa sucessivamente a enfermeira, que se engasga de indignação e a loira glamurosa de vestido rosa cuja voz ansiosa pergunta como está o nenê.
O médico responde que vai fazer um ultra-som. Não se trata apenas de uma manobra para ganhar tempo. Enquanto grossas gotas de suor escorrem por sua testa, apesar do ar condicionado, o médico lembra-se dos casos escabrosos que já presenciou ali, no departamento de sexualidade humana.
Enquanto explicava para o paciente a possibilidade de uma gravidez psicológica, procurava por qualquer coisa fora do normal, como uma gônada indiferenciada, um resquício de útero...Colhido o cariograma, constatou-se o resultado: 46XY, homem normal. Ou quase, visto o cidadão estar absolutamente convencido de ser mulher e estar grávida.
Transexualismo? Não. Psicose pura.
Alguns dias mais tarde, a mesma enfermeira protesta:
- Outros daqueles homens que querem mudar de sexo. Qualquer dia desses, crio juízo e mudo de emprego. Que indecência!
O médico lhe pediu que sentisse um pouco de paciência com o sofrimento humano.
- Ora, doutor, um homão daqueles! Pouca vergonha é pouca vergonha!
- Bem, vou abrir uma exceção e quebrar o sigilo médico, para você aprender a não julgar pelas aparências. Veja o resultado do cariograma daquele homenzarrão, daquele homão, como você diz.
E ela leu: ‘evidenciou-se a existência de três linhagens celulares: 46 XO, 46 XX e 46 XY, sendo o indivíduo em questão, um mosaico.’ Que quer dizer isto, doutor?’
- Pois então imagine a confusão dentro deste indivíduo que tem um sexo genital masculino, um sexo psicológico feminino e um sexo genético misto.
- Como?
- Às vezes Deus cochila e deixa a acabamento de suas criaturas aos descuidos do acaso. E os pobres indivíduos ficam por aí sofridos e incompreendidos. A zona da intersexualidade humana é nebulosa.


O caso que deixou o pessoal da clínica mais atrapalhado foi o do casal que queria ter um filho de qualquer jeito. Após três anos de casório, ainda se tratavam de benzinho pra cá e pra lá. Nenhuma queixa de insatisfação sexual. Apenas desejavam um filho e o marido autorizou a inseminação com material do banco de sêmen, caso verificassem que ele era estéril. Sendo ele estéril, o ginecologista, muito afoito, tratou de ir inseminando a mulher, sem espera o parecer dos colegas. Afinal, o marido autorizara. O urologista, contudo, achou a distribuição de pelos do rapaz estranha e notou uma má formação, uma hipospadia perineal, que não fora corrigiada por diversas razões: falta de recursos financeiros, medo da complexidade cirúrgica, o paciente não via inconveniente em urinar sentado e a esposa tampouco se importava com este detalhe. A gravidez já ia pela terceira semana, sucesso comemorado pelo casal com champagne à luz de velas e muitos benzinhos, quando o geneticista convocou a equipe e perguntou se alguém sabia informar como o casal mantinha relações sexuais. O motivo da consulta não fora disfunção sexual, aliás o casal era evidentemente feliz. O geneticista revela:
- Ereção evidentemente este indivíduo não tem mesmo e pouco me interessa o que eles fazem ou deixam de fazer. O fato é que estou com o cariograma deste marido na mão: 46 XX, mulher normal.
Foi uma tremenda confusão. Depois de muito bate-boca, a equipe resolveu deixar o caso no mais absoluto sigilo. A inseminação já estava feita, se falassem a verdade iriam provocar muita confusão e sofrimento. Como se diz a um homem apaixonado que ele é uma mulher? O sujeito com certeza se suicida. Esta é uma situação completamente absurda.
Mas, como será que eles fazem sexo?????




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